Confederação Brasileira de Pastores
14 de maio de 2018
A fundação de Israel completou 70 anos nesta segunda-feira (14). Foi o diplomata brasileiro Oswaldo Aranha quem presidiu a sessão, em 1947, e a ONU aprovou naquele dia uma resolução sobre as terras do Oriente Médio que estavam sob o comando dos ingleses.
Era a partilha da Palestina: iam ser criados um estado judeu e um outro árabe. E as cidades sagradas de Jerusalém e Belém não pertenceriam a ninguém, seriam áreas internacionais.
As lideranças judaicas aceitaram a proposta e, no dia 14 de maio de 1948, há exatos 70 anos, David Bem-Gurion proclamou a fundação do estado de Israel. Mas os árabes não aceitaram e, logo no dia seguinte, Iraque, Líbano, Egito e Síria invadiram o recém-criado país.
Esse conflito durou dois anos, causou 20 mil mortes e uma migração em massa. Mais de 700 mil palestinos deixaram as casas. O dia em que essa guerra começou é conhecido pelos palestinos até hoje como Nakba, ou o dia da catástrofe.
Israel ampliou seu território. Em 1967, o Egito ameaçou Israel várias vezes. Os israelenses deflagraram um ataque preventivo e teve início a Guerra dos Seis Dias. Nessa guerra, Israel ampliou mais uma vez seu território. Tomou a Faixa de Gaza, a península do Sinai, as colinas de Golã, a nascente do Rio Jordão e a Cisjordânia, assumindo o controle total de Jerusalém.
Israel devolveu o Sinai ao Egito depois de uma negociação que, em 1978, rendeu o Prêmio Nobel da Paz aos líderes dos dois lados.
Em 2005, Israel retirou colonos e as últimas tropas da Faixa de Gaza. No ano seguinte, o Hamas venceu as eleições legislativas palestinas e assumiu o controle da Faixa de Gaza. Israel então impôs um bloqueio ao território, restringindo a entrada de suprimentos.
Na Cisjordânia, controlada pela Autoridade Palestina, os israelenses há 50 anos constroem assentamentos que são considerados ilegais pelas Nações Unidas.
Na ONU, a Palestina tem o status simbólico de “estado observador”, sem direito a voto. São 137 nações, incluindo o Brasil, que consideram a Palestina um país. Mas, na prática os palestinos não têm um governo soberano nem controle sobre as próprias fronteiras e também não têm uma capital, apesar de considerarem Jerusalém a sede de um futuro estado plenamente reconhecido.
Em 1995, o Congresso americano aprovou uma lei reconhecendo Jerusalém como capital indivisível do estado de Israel. Desde então, quatro presidentes americanos, incluindo Donald Trump, adiaram a implementação da lei.
Mas, no fim de 2017, cumprindo uma promessa de campanha, Trump decidiu transferir a embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém. A data da inauguração foi escolhida para coincidir com os 70 anos da fundação do estado de Israel.
Notícia gerada e veiculada pelo portal de notícias G1, http://g1.globo.com/jornal-nacional, em 14.05.2018